CLEODON DE OLIVEIRA |
Moleques sem terra
Sem dono e sem mundo.
Quem olha, logo vê:
Crianças despidas
Feias e famintas
Tristes e pidonas.
Quem olha, logo vê:
Guris nas calçadas
Esquinas e bares
Pedindo miúdos
Mendigando trocados
Quem olha, logo vê:
Pivetes nas praças
De flanelas nas mãos
Polindo metais.
Quem olha, logo vê:
Garotos nas ruas
Esquinas e faróis
Erguendo jornais
Berrando manchetes.
Quem olha, logo vê:
Uma criança perdida
Um menino sem pátria
Um moleque de rua
Pivete de praça
Um guri sem amor
Um garoto sem infância.
Quem olha, logo vê:
Meninos de ruas
Adolescentes alienados
Homens encarcerados
Velhos asilados
Todos pobres e abandonados!
Quem olha, logo vê!
Berrando manchetes.
Quem olha, logo vê:
Uma criança perdida
Um menino sem pátria
Um moleque de rua
Pivete de praça
Um guri sem amor
Um garoto sem infância.
Quem olha, logo vê:
Meninos de ruas
Adolescentes alienados
Homens encarcerados
Velhos asilados
Todos pobres e abandonados!
Quem olha, logo vê!
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