POEMA
PARA FRANCISCA
A saudade hoje bateu mais cedo em
minha porta
Como uma brisa suave,
Vindo de muito longe, de tão
distante!
Nem se quer esperou que eu abrisse a
porta,
Foi logo entrando,
Silenciosamente, tranquila,
tranquila!
Trazendo doces lembranças.
Aromas de roseiras
Exalaram um perfume materno
Que se espalhou por todos os recantos
do lar.
Um cheiro de plantas regadas,
Um cheiro de mãe, de flores,
Assanhou mais ainda a saudade.
Hoje a saudade bateu mais cedo em
minha porta!
Ouvi um barulho de folhas gemendo no
ar.
Gotículas do orvalho da noite
pingavam no solo macio
Adubado pelas folhas secas que se
desprendiam das plantas
E suavemente se esparramavam no chão.
Mais parecia um choro, um lamento da
perda materna,
Por quem tanto foi cuidada.
A água que jorra da torneira ecoa um
som triste,
Como das cataratas derramando rios de
lágrimas,
Que regavam as plantas num murmúrio
de saudades,
Saudades da mãe, querida mãe
protetora.
Hoje a saudade bateu, bateu forte no
meu peito.
Feito uma sangria,
Causando-me a dor maior, a dor da
saudade!
Saudade da mãe querida!
Saudade dos seus aconchegos,
Das suas mãos macias, das suas
caricias em noites quentes,
De um corpo em chamas, febril!
De sua voz suave e baixa a me dizer:
“Tudo passa e a vida continua meu
filho!”
Saudade de quando na alegria
externava com a presença dos filhos queridos.
Hoje a saudade bateu mais cedo em
minha porta!
Senti uma louca vontade de ser um
beija flor!
Voar, voar e voar!
Beijar, beijar e beijar!
Beijar a flor maior do meu jardim.
Mãe querida.c
A mais linda flor desse jardim!
Minha linda flor,
Francisca Gonçalves!
Cleodon de Oliveira
Nem se quer esperou que eu abrisse a
porta,
Foi logo entrando,
Silenciosamente, tranquila,
tranquila!
Trazendo doces lembranças.
Aromas de roseiras
Exalaram um perfume materno
Que se espalhou por todos os recantos
do lar.
Um cheiro de plantas regadas,
Um cheiro de mãe, de flores,
Assanhou mais ainda a saudade.
Hoje a saudade bateu mais cedo em
minha porta!
Ouvi um barulho de folhas gemendo no
ar.
Gotículas do orvalho da noite
pingavam no solo macio
Adubado pelas folhas secas que se
desprendiam das plantas
E suavemente se esparramavam no chão.
Mais parecia um choro, um lamento da
perda materna,
Por quem tanto foi cuidada.
A água que jorra da torneira ecoa um
som triste,
Como das cataratas derramando rios de
lágrimas,
Que regavam as plantas num murmúrio
de saudades,
Saudades da mãe, querida mãe
protetora.
Hoje a saudade bateu, bateu forte no
meu peito.
Feito uma sangria,
Causando-me a dor maior, a dor da
saudade!
Saudade da mãe querida!
Saudade dos seus aconchegos,
Das suas mãos macias, das suas
caricias em noites quentes ,
de um corpo em chamas, febril!
De sua voz suave e baixa a me dizer:
“Tudo passa e a vida continua meu
filho!”
Saudade de quando na alegria
externava com a presença dos filhos queridos.
Hoje a saudade bateu mais cedo em
minha porta!
Senti uma louca vontade de ser um
beija flor!
Voar, voar e voar!
Beijar, beijar e beijar!
Beijar a flor maior do meu jardim.
Mãe querida.
A mais linda flor desse jardim!
Minha linda flor,
Francisca Gonçalves!
Cleodon de Oliveira
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